O marketing sensorial e o marketing de experiência UX estão em alta quando se fala sobre como consumidores precisam viver experiências para serem convencidos a comprar algo. No entanto, no universo das viagens, as duas vertentes do marketing podem ajudar na escolha da viagem ideal de cada pessoa. A Pós Graduada com MBA em Marketing e Negócios Interativos, Jennifer de Paula, explicou como fazer isso.
Primeiro, Jennifer explicou que o “User Experience”, ou “marketing de experiência UX” é a experiência do consumidor ao usar seu produto ou serviço. A técnica trabalha com questões funcionais e práticas, mas também com todo o lado emocional da experiência.
Já o marketing sensorial tem como estratégia estimular os cinco sentidos do corpo humano: tato, olfato, paladar, visão e audição.
Sabendo disso, Jennifer explicou que, às vezes, durante viagens, especialmente nas mais longas, as pessoas se sentem mais cansadas do que quando saíram de casa, o que não é o objetivo de nenhuma viagem. “Isso quer dizer que a escolha que você faz traz um resultado completamente diferente do que realmente era esperado. Uma viagem não é só sobre você conhecer um lugar novo. Tudo vai depender do seu estado mental naquele momento. O que você quer de recompensa, sua necessidade e vários outros fatores”, explicou.
Para a especialista, usando as estratégias das duas vertentes do marketing citadas, é possível planejar uma viagem com objetivos simples de serem cumpridos e sem surpresas negativas.
Com o marketing sensorial, é necessário se conhecer para que se saiba exatamente o que se quer naquele contexto da viagem. “O que você quer ver, o que quer ouvir, o quanto está disposto a se cansar… Tudo isso faz parte das sensações a serem analisadas previamente”, contou.
A partir disso, segundo Jennifer, fica fácil de entender como o marketing de experiência UX pode ser utilizado. “O produto final da viagem é a experiência que a pessoa tem em viver aquele momento. Como está o emocional diante daquilo… Para muitos, algumas viagens são a realização de sonhos. E se tudo não sai como o sonhado, é claro que o produto final não vai ter tido as vantagens imaginadas”, esclareceu.
Por fim, a especialista falou sobre como as agências de viagens poderiam aproveitar dos artifícios das técnicas de marketing para proporcionar experiências melhores aos clientes. “Não é só sobre buscar clientes e vender pacotes e sim sobre o que essas pessoas gostam, o que eles sonham… Não adianta vender um pacote com passeios radicais para um casal que detesta tudo que envolve esse tipo de coisa. Até porque se a experiência for ruim, dificilmente eles voltarão para comprar uma segunda viagem. A triagem e o auxílio na escolha dos destinos e passeios faria toda a diferença”, finalizou.